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Clay Arqueologia


A Clay Arqueologia surgiu da necessidade crescente de providenciar uma resposta rápida, consistente, técnica e cientificamente fundamentada e devidamente enquadrada legalmente, para as questões que se prendem com o património histórico-cultural, particularmente no que respeita à Arqueologia de Salvaguarda.


Procurámos saber mais sobre esta empresa especializada que presta serviços na área do património histórico-arqueológico, e falámos com Ana Penisga...


Como poderemos apresentar a Clay, Arqueologia?

Como uma empresa jovem, mas com uma equipa experiente e com um vasto currículo. A Clay tem já um considerável portfolio face à sua curta existência e assume-se como uma empresa que procura basear-se na relação de confiança com os seus clientes, apresentando-lhes soluções viáveis para a prossecução dos seus projectos e garantindo os padrões de qualidade e exigência que se impõem ao nível do património.


Quais os serviços que disponibilizam e quais as áreas onde se destacam?

A Clay destaca-se na área da arqueologia e história, nas suas várias vertentes: escavações arqueológicas, acompanhamentos arqueológicos, sondagens de diagnóstico, prospecções arqueológicas, bem como fiscalização arqueológica, estudos histórico-patrimoniais e estudos de impacte ambiental. Associada à arqueologia, tem ainda uma forte vertente de antropologia física.


É importante perceber qual o papel da arqueologia para o desenvolvimento de uma obra. Numa obra, onde se aparece a arqueologia e qual o seu papel?

Os vestígios arqueológicos surgem indiscriminadamente em diferentes tipos de obra. Evidentemente existem mecanismos legais que prevêem à partida as áreas de maior sensibilidade arqueológica. Muitas vezes, o surgimento de vestígios arqueológicos torna-se uma mais-valia no projecto a executar. Temos vários casos, por exemplo, em que os vestígios foram preservados in situ e tornaram-se, assim, pontos de atracção turística.


A pressão para a conclusão de uma obra é grande e premente. Neste sentido, a arqueologia é, muitas vezes, vista como um entrave ao seu desenvolvimento. Como se combatem estes preconceitos?

Contrariamente ao que se entendia genericamente há uns anos, actualmente, promotores, projectistas e construtores têm já a noção de que realizar uma obra em determinados locais implicará sempre a realização de trabalhos arqueológicos. Porém, esta consciencialização que se vai sentindo cada vez mais, não tem ainda a expressão devida aquando da programação da obra, sendo que à arqueologia acaba por ser “atribuído” o menor tempo possível, com base no pressuposto (tantas vezes errado) de que no local “não aparecerá nada!”. Assim, muitas vezes, o tempo que se prevê para a realização dos trabalhos arqueológicos acaba por ser insuficiente, causando a sensação de que a arqueologia é um “entrave” ao desenvolvimento da obra. Julgamos que uma programação prévia mais cuidada, suportada por uma boa consultoria ao nível da arqueologia, poderá de forma fácil terminar com estes constrangimentos.


Qual a importância e impacto do acompanhamento arqueológico de obra?

O acompanhamento arqueológico é a medida mínima para assegurarmos a preservação de eventuais vestígios arqueológicos que possam surgir. Apesar de muitas vezes ser encarado como um trabalho menor, tem-se verificado que são os acompanhamentos que colocam a descoberto importantes realidades arqueológicas. Uma equipa de arqueólogos experientes saberá causar o menor impacto possível no desenvolvimento do seu trabalho durante a obra, salvo se os vestígios arqueológicos forem de tal forma relevantes que tornem impeditivo o avanço da mesma dentro dos prazos previstos. Neste caso, outras metodologias arqueológicas terão que ser aplicadas e, eventualmente, o projecto repensado. Porém, desde que exista uma boa articulação entre todos os intervenientes, haverá sempre solução para preservar a memória dos vestígios arqueológicos, ou os próprios.


O acompanhamento arqueológico de obra é também uma forma de combate à comercialização ilegal de património nacional?

Partindo do princípio básico de que o acompanhamento arqueológico só pode ser realizado por arqueólogos, devidamente credenciados pela DGPC e que se regem por um código deontológico, o acompanhamento arqueológico poderá servir como uma primeira frente de “combate” à comercialização ilegal de património. Em todo o caso, sendo ilegal, a comercialização de bens patrimoniais é um assunto grave (e legalmente enquadrado), pelo que cabe a outras instâncias a sua resolução. Os arqueólogos, por imposição da profissão, entregam às instituições tutelares todos os vestígios arqueológicos que identificam e estudam, garantindo assim que o património identificado fica devidamente salvaguardado.


Como encara o futuro da arqueologia em Portugal?

Sempre com optimismo! Veja-se que o desenvolvimento significativo da reabilitação urbana tem permitido colocar a descoberto importantes vestígios arqueológicos. É certo que seria importante uma maior fiscalização ao nível das obras que não cumprem os requisitos legais ao nível da arqueologia, é também certo que uma maior união entre a classe seria desejável, mas a verdade é que se tem descoberto muito da nossa história ao longo destes últimos anos. Creio que quanto maior for a transparência, honestidade e clareza dos arqueólogos junto dos promotores e construtores, maior será a sensibilidade e compreensão para a necessidade de estudarmos os vestígios arqueológicos dos locais que intervencionamos, e maior será a nossa credibilização. No fundo, trata-se de uma mudança de mentalidades que, não sendo fácil, vai sendo feita por todos os arqueólogos junto dos restantes intervenientes.


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